sábado, 3 de outubro de 2009

Esquecimento prévio

Ao ver as fotografias aleatoriamente posicionadas em minhas pastas desorganizadas meu coração começou a doer. Os momento que tive fizeram eu me orgulhar da previlegiada adolescência que tive, mas até quando lembrarei desses momentos? Back ups serão feitos, novos computadores virão, e as minhas memórias irão com o passar do tempo. Não é uma coisa que quero, é uma coisa inevitável. O tempo está passando e eu estou me pré-ocupando com o esquecimento. Até quando lembrarei o nome das pessoas que eu julgo não viver sem atualmente? Vejo fotos em que apareço rindo, as vezes gargalhando, e não me lembro do motivo de tal felicidade. Talvez eu esqueça dos motivos, mas são vou esquecer da felicidade que tive naquelas clássicas sextas e sábados agitados. E ao ver as fotos em que não lembrarei as razões de sorrisos as vezes exagerados terei uma companheira inevitável: a saudade.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Solidão Noturna

Achava-me no que parecia ser o impossível zero absoluto. O clima ia, ao contrário do meu corpo relativamente quente, sendo cada vez mais agonizante. Depois de horas acordado, aquela imensidão negra foi sendo preenchida aos poucos. A noite enfim chegou ao seu luminoso fim, raios de claridade quebram o conforto do escuro, meu único amigo nessas longas horas acordado. Os pássaros cantam como se fossem os únicos seres acordados, nos primeiros minutos em que a luz natural se faz presente, no de praxe mar de roncos e sonhos. Comecei a diagnosticar o meu problema e o deles: a falta de companhia nas longas noites frias. Serão esses cantos, desesperados pedidos de socorro por alguma companhia? Comecei a perceber que as horas de sono realmente me fizeram falta, ao começar a vê-los, não mais como inoportunos cantos agudos ao raiar de mais uma manhã. Mas sim, solitários seres, que raiam juntos ao dia. 19/07/2009 06h53min AM.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Mudanças

Eu sempre achei que ia mudar por escolha própria, eu ia acordar e falar pra mim mesmo, “é hoje! É hoje que vou virar uma nova pessoa.” O tempo passou, eu eu vi que as mudanças não acontecem desse jeito, de repente. Elas demoram pra acontecer, mas quando acontecem, na maioria das vezes são pra melhor. Não sei como mudei, mas sei que mudei. Não vejo mais as coisas, as pessoas, as atitudes das pessoas da mesma forma. Fiquei mais chato, mais crítico, mais mudado. Eu mudei, sei que mudei, algumas mudanças me dão orgulho, de saber que mudei pra melhor. E as outras, que não foram tão positivas assim, também me orgulharei, pois tenho uma habilidade ótima, mudar.


quarta-feira, 13 de maio de 2009

Cresci

Sempre quis ter a desculpa de ser criança, imaturo, não responsável pela gravidade ou ingenuidade de meus atos. Mas a realidade, não foram as pessoas que disseram, foi o tempo. O tempo disse coisas que foram tais como baldes de água, como a sensação de dever cumprido. O tempo fez eu ver em quem posso confiar, em quem eu posso amar e em quem posso levar comigo, seja a personalidade ou as memórias. De uns vou levar a risada, de outros vou levar o carisma, de outros vou levar a meiguice e de outros vou levar o olhar. Tenho a certeza mais absoluto que o tempo, vai fazer eu esquecer as frustrações, as brigas, os rancores. E nunca, as minhas memórias. Uns consideram a educação, dinheiro, ou qualquer outra coisa não tão menos importante, a coisa mais importante. Pra mim, as coisas mais importantes são as memórias, sem sombra de dúvida. As memórias daqui a alguns anos vão doer, vão, com certeza, mas a dor vai passar, sempre passa. Mas eu sei que o amor que eu senti em cada uma de minhas memórias não vão passar.Agora eu sei que não sou mais a criança, o imaturo. Sou o crescido, o crescido com as memórias que vão fazer de mim a pessoa mais feliz do mundo só por lembrar delas.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Passado

O passado. Uns dizem que quem vive de passado é museu. Eu, por outro lado discordo. Uma pessoa é o reflexo de suas atitudes, suas escolhas, escolhas tomadas no passado. É ai que nasce a minha preocupação pelo passado, fizemos coisas as quais não nos orgulhamos, mas apenas pelo fato de não aprovarmos, hoje, o que fizemos, essa escolha não pode simplesmente ser excluída de nossas vidas, ela permanece, não no nosso caráter, mas em nossa memória. É exatamente, nesse ponto, que tento não pecar. Tento pensar. Pensar se daqui a dez anos, essa minha atitude, esse meu agora, vai fazer eu sentir orgulho ou não. Sei que se continuar assim vou ter orgulho, não por que sempre tomeis as decisões certas, tomai-as sim, as vezes, mais vou sentir orgulho das quais tomei de modo errado, por que sei que foi com essas que eu aprendi, que eu cresci, foram essas que não me fizeram orgulhoso momentaneamente, vão ser com essas que daqui a dez anos vou saber que cresci, sou homem maduro, correto, e principalmente orgulhoso, orgulhoso do meu passado e das minhas escolhas.

Sonhos

Eu sempre sonhei. Eu sempre vou sonhar. Eu sonho, meus sonhos não são banais, comuns, são sonhos específicos, sonhos, na sua essência coisas as quais eu ainda não possuo, mas sonho em possui-las. Daí vem a minha paixão pelos sonhos. Muitos sonhadores sonham em ser outra pessoa, ter uma essência, uma caráter, um objetivo diferente. Eu não, eu sempre sonhei em ser um Khalil, um Khalil melhorado, um Khalil maduro, companheiro, sincero, independente, sonhador. Sempre gostei de sonhar, sem sonhos seriamos chatos, acomodados, acostumados. Nunca gostei de me acostumar, sempre quis mais, mas isso não fez de mim, Khalil, um ambicioso, mesquinho. Fez de mim, Khalil, um sonhador!