terça-feira, 11 de agosto de 2009

Solidão Noturna

Achava-me no que parecia ser o impossível zero absoluto. O clima ia, ao contrário do meu corpo relativamente quente, sendo cada vez mais agonizante. Depois de horas acordado, aquela imensidão negra foi sendo preenchida aos poucos. A noite enfim chegou ao seu luminoso fim, raios de claridade quebram o conforto do escuro, meu único amigo nessas longas horas acordado. Os pássaros cantam como se fossem os únicos seres acordados, nos primeiros minutos em que a luz natural se faz presente, no de praxe mar de roncos e sonhos. Comecei a diagnosticar o meu problema e o deles: a falta de companhia nas longas noites frias. Serão esses cantos, desesperados pedidos de socorro por alguma companhia? Comecei a perceber que as horas de sono realmente me fizeram falta, ao começar a vê-los, não mais como inoportunos cantos agudos ao raiar de mais uma manhã. Mas sim, solitários seres, que raiam juntos ao dia. 19/07/2009 06h53min AM.

2 comentários:

  1. Às vezes é bom ser supreendida, e hoje confesso que fui surpreendida duas vezes. Primeiro pela Maria Antônia e depois por ti, não sabia que vocês escreviam tão amravilhosamente bem! Espero mesmo poder sempre passar por aqui e ler mais um pedacinho de Khalil. É tão mais fácil conhecer as pessoas pelo que elas escrevem do que por simples conversas... A escrita é tão mais profunda, vai tão mais dentro, tudo tão amis tenso. Gostei muito do que vi por aqui, mesmo, mesmo. Prazer, tens uma nova visitante assídua. :)
    beijo beijo

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  2. Ah, eu lembro que me mandasses esse no msn. Adoro ele :)

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